"Não me ames tanto, meu amor, não me inventes, não me cries,
não me ames por aquilo que eu não sou. Porque eu não sou só
silêncios estrelados, não sou apenas raivas ou sonhos desperdiçados.
Eu tenho dentro de mim o silêncio mais fundo de todos os vazios.
Tenho a hipocrisia que destrói, a angústia de não me poder elevar
equilibrado e perfeito ao sol do teu olhar. Eu tenho medo, meu amor, medo de ficar para sempre rasgado, abandonado, medo de não conseguir ser o que sou, medo de ser para sempre o que não sou.
Eu tenho medo, meu amor.
Porque eu não sei sequer por que te chamo meu amor."
não me ames por aquilo que eu não sou. Porque eu não sou só
silêncios estrelados, não sou apenas raivas ou sonhos desperdiçados.
Eu tenho dentro de mim o silêncio mais fundo de todos os vazios.
Tenho a hipocrisia que destrói, a angústia de não me poder elevar
equilibrado e perfeito ao sol do teu olhar. Eu tenho medo, meu amor, medo de ficar para sempre rasgado, abandonado, medo de não conseguir ser o que sou, medo de ser para sempre o que não sou.
Eu tenho medo, meu amor.
Porque eu não sei sequer por que te chamo meu amor."
Joaquim Pessoa
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